segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Um cenário (im)previsível!


Como será a evolução económica do nosso país? E de alguns outros da Europa? Eu avanço com uma previsão:

Há anos que consumimos mais do que aquilo que produzimos e por isso,


• Com uma dívida pública e externa cada vez maior e porque o crescimento é quase nulo ou negativo, os juros para o país se financiar lá fora não vão parar de subir;


• Mesmo com os juros muito elevados, os investidores vão deixar de emprestar dinheiro a Portugal pois o risco de incumprimento assim o vai determinar;


• Neste cenário Portugal vai pedir ajuda externa à EU e ao FMI mas as medidas de austeridade inerentes vão provocar mais desemprego e recessão;


• Como o crescimento é negativo, Portugal vai precisar outra vez de dinheiro (além da primeira ajuda), que os investidores vão continuar a não querer emprestar e a EU e o FMI já não vão ter, pois os 850 mil milhões de que dispõe o fundo vão acabar sem que vários países comecem a recuperar sustentadamente (Grécia, Irlanda, Portugal, Itália, Espanha e até, quem sabe, França, Bélgica…)


• Chegando aqui não vamos ter dinheiro para importar, ou seja, vamos ter que viver com o que temos… Só para dar um exemplo, em termos alimentares, penso que nem metade do que consumimos é produzido cá…


• Chegando aqui é melhor nem pensar…

domingo, 26 de setembro de 2010

Um projecto para a Guarda…

Observando atentamente a realidade actual do nosso concelho, a comissão política concelhia do CDS-PP da Guarda considera que estamos a caminhar, a passos cada vez mais largos, para uma situação dramática de desinvestimento, desemprego e consequente desertificação.

Muitos foram os factores que, em nosso entender, nos conduziram à situação em que hoje nos encontramos; alguns deles externos aos quais todos somos alheios, nomeadamente a globalização e a crise internacional, mas muitos outros internos resultantes de anos de políticas erradas, implementadas por quem nos governa.

Quem usa velhas soluções para novos problemas, não tem uma visão estratégica no sentido de prever cenários futuros e não se prepara para as inevitáveis mudanças na economia e na sociedade em geral, caminha inevitavelmente num único sentido: o fracasso!

Mas porque pensamos que é muito mais útil e construtivo olhar para o futuro e não tanto perder tempo a falar dos problemas e erros do passado, decidimos por em marcha um plano de acção baseado em propostas que, em nosso entender, deviam ser adoptadas no sentido de dinamizar o nosso concelho rumo a um futuro melhor.

A primeira dessas propostas passa por uma campanha nacional de promoção da Guarda designada “venha VIVER para a Guarda”, ou seja, é imperioso fazer renascer a nossa Marca em áreas como o turismo histórico e o turismo de saúde, a produção de queijos e enchidos, a gastronomia, a pecuária, promover a revitalização dos têxteis através da inovação no sentido de procurar nichos de mercado ainda por explorar, entre outras.

A campanha basear-se-á em fazer chegar ao maior número possível de pessoas e empresas, principalmente no litoral, o que nós temos para oferecer no que respeita a vantagens competitivas; para isso serão feitos e divulgados estudos onde constem alguns parâmetros, nomeadamente: custo de vida, qualidade do ar, proximidade com Espanha, oferta cultural, oferta hoteleira, imobiliário, mobilidade, entre outros factores igualmente importantes.

É extremamente necessário atrair investimento através da discriminação fiscal positiva da região (neste momento está a acontecer precisamente o contrário), incentivos directos do município em actividades do sector primário que demonstrem indicadores positivos de sustentabilidade e valor acrescentado, nomeadamente o sector agrícola.

Com estas sugestões esperamos dar o nosso contributo para que a nossa terra possa inverter este actual cenário de abandono que é cada vez maior, principalmente por parte das gerações mais jovens que constituem o motor da mudança que urge ser posto em marcha.

sábado, 11 de setembro de 2010

Novas Oportunidades - Certificados do 12º ano à venda na Internet!

No programa Novas Oportunidades há alunos a obter o 12ª ano com trabalhados comprados na Internet. Por 400 euros é fácil arranjar o certificado.

A Agência Nacional de Qualificação (ANQ), entidade criada sob a tutela do Ministério da Educação e do Ministério do Trabalho, encontrou durante "um programa de visitas de acompanhamento a Centros Novas Oportunidades", em 2009, candidatos certificados com trabalhos "retirados integralmente da internet, e com base nos quais é feita a validação e certificação de competências", avança hoje o jornal "i".

Esta denúncia foi feita sob a forma de "orientação e indicação técnica" enviada aos cerca de 450 Centros Novas Oportunidades para alertar para a situação. Em paralelo, foram ainda detectados dezenas de casos de formandos e ex-formandos que colocaram os seus trabalhos à venda na internet. O Ministério Público está a investigar.

"Durante o processo de acompanhamento foram identificados, quer pelas equipas técnico-pedagógicas dos Centos Novas Oportunidades, quer pela própria ANQ, práticas de prestação de serviços comercializadas através da internet para a elaboração de portefólios fraudulentos", explica o presidente da Agência Nacional para a Qualificação.

Quatrocentos euros é o valor pedido por Paula Duarte, num curto contacto telefónico, por um Portefólio Reflexivo de Aprendizagem que dará acesso ao 12.o ano. "Mas tudo é negociável", garante ao jornalista do "i" - que se identificou como possível comprador - e acrescenta, "no ano passado, pedia 500 euros, mas agora com a crise...". Paula Duarte, à semelhança de várias dezenas de pessoas, pôs na internet um anúncio de venda de portefólios para as Novas Oportunidades.

Quando o programa Novas Oportunidades surgiu, o objectivo passava pela certificação de um milhão de pessoas em cinco anos. Este número não será alcançado, tendo sido, até ao momento, atribuídos cerca de 400 mil diplomas. O número de inscritos desde 2006 ascende a um milhão e 200 mil pessoas.

Fonte: Económico de 19/08/10 10:36

domingo, 5 de setembro de 2010

O dilema do PS!


Estamos a chegar a um ponto de ruptura relativamente à tentativa de equilíbrio das contas públicas por parte da receita (impostos) e por isso o Governo PS vai ter que fazer uma coisa tramada – REDUZIR A DESPESA PÚBLICA – o que vai por a nu a ilusão (aliás já está a pôr) em que muitos viveram vários anos de que se pode gastar mais do que aquilo que se produz. Agora o Governo tem um dilema: ou corta nos “tachos” dos “boys” (empresas públicas, empresas municipais, institutos públicos, etc.) o que vai provocar guerras internas de desfecho imprevisível ou vai ter que cortar nas despesas sociais, que resultará numa coisa ainda pior: PERDA DE VOTOS! Muitos votos!!! Para já muitos começam a sentir na pele a redução das suas prestações sociais! Dos “tachos” penso que ainda não há notícias! O que é certo é que a despesa continua a derrapar… O que irá acontecer a seguir??? Aceitam-se apostas…

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Três projectos estruturantes para a nossa região.


Tendo perfeita consciência de que o turismo é um sector a explorar e com enorme potencial de crescimento na região da beira interior, gostava de ver realizados três projectos que eu consideraria como determinantes para a nossa actividade turística.

O primeiro deles seria um parque de diversões onde a vertente lúdica se enquadrasse de uma forma harmoniosa com a vertente histórica, despertando assim o interesse de várias gerações. Gostava que representasse quatro momentos marcantes da história da nossa região relativos a períodos muito distintos para assim cativar os visitantes também pela sua abrangência cronológica. Seriam representados através de objectos e recriações, o mais rigorosas possível, e seriam eles: O povoamento neolítico do vale do côa; as invasões romanas e a guerra com os lusitanos; a batalha de Trancoso, inserida nas incursões castelhanas do século XIV e o cerco de Almeida, inserido nas invasões napoleónicas. Poder-se-ia ainda, com este projecto, recuperar alguma tradição de indústria têxtil através da fabricação de peluches, camisolas, etc. com a marca do parque.

Outro projecto seria a adaptação de um dos muitos solares barrocos da nossa região num hotel de época, decorado com rigor histórico e que oferecesse aos clientes experiências que regresso ao passado através da recriação de eventos dessa época histórica, estando os hospedes trajados a rigor com trajes da mesma época, que o hotel poria à disposição.

O terceiro projecto seria um clube de saúde de campo, abrangente e multifacetado, onde o cliente pudesse usufruir de uma experiência única de relaxamento, saúde e bem-estar, através da estimulação de todos os sentidos do corpo.

Claro que todos estes são projectos que eu gostava de ver desenvolvidos no âmbito privado pois já basta de empresas e instituições públicas para dar “tachos”, pagar favores eleitorais, criar buracos financeiros para o contribuinte pagar, entre outras coisas que me escuso a referir…

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Parabéns Sp. de Braga! Que sirva de exemplo a todos nós!


O jogo de hoje do Sp. Braga devia servir de exemplo para todos os Portugueses. Para quem não é apreciador de futebol, eu explico porquê: O sp. Braga tem um orçamento de 12,5 milhões de euros e jogou contra o Sevilha que conta com 100 milhões, contudo o Braga fez um jogo, quanto a mim, perfeito e ganhou. Fica provado, mais uma vez, que do pouco se pode fazer muito, isto se forem canalizadas todas as energias na direcção de um objectivo bem definido, com determinação e método. Parabéns Sp. de Braga! Aahh e penso que o que acabei de escrever é, de certa forma, puxar pelas energias do país, já que andam por aí alguns a dizer que são os únicos que o fazem...

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Uma “lufadazinha” de ar fresco na nossa economia regional!


Este fim-de-semana, depois de ver tantos automóveis com matrícula francesa reflecti sobre um eventual factor que poderá trazer uma pequena lufada de ar fresco à nossa economia, mais concretamente à economia do interior do País. Está a chegar a altura em que as gerações, que nos anos 60 e 70 “debandaram” em direcção a França e alguns outros países da Europa, se vão reformar. Este factor em simbiose com a vontade, que me parece existir entre os emigrantes, de regressar às origens, vai trazer para Portugal capital estrangeiro que poderá alimentar, em parte, o desenvolvimento de sectores de actividade como o comercio e os serviços, podendo desta forma ajudar também a travar a saída dos poucos jovens residentes no “nosso” Interior e atrair até mais alguns, saibam estes empreender e aproveitar a oportunidade…

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Quanto mais rigidez, mais precariedade!


Só Polónia e Espanha superam

Portugal: Terceiro da UE em contratados a prazo

Portugal é o terceiro país da União Europeia (UE), depois da Polónia e da Espanha, com maior número de trabalhadores contratados a prazo.
De acordo com os dados apresentados esta quarta-feira pelo Eurostat, Portugal tem 22 por cento da população empregada contratada a prazo, um valor apenas superado pela Polónia (26,5 por cento) e por Espanha (24,5 por cento).
A média de trabalhadores com contratos a prazo na UE é de 13,5 por cento, enquanto na Zona Euro esse registo sobe para 15,2 por cento.

Fonte: Correio da manhã

Os partidos de esquerda defendem a rigidez laborar em vez da flexibilidade. Aqui temos o resultado: os patrões têm medo do vínculo por tempo indeterminado e agarram-se ao contrato a prazo! A recusa em olhar para a realidade com “olhos de ver” dá nisto!!!

PS: Isto quando investem cá, porque cada vez investem menos! Quando é que os Governantes vão perceber que os empresários são livres de investir ou não?! Ou se criam condições para tal ou é melhor nem se perder tempo a pensar em crescimento!!!

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Se eu fosse marinheiro num Submarino…


O que pensarão estas pessoas, que passam por estas condições (45ºC de temperatura durante horas, semanas sem tomar banho, entre muitas outras privações), para garantir a soberania do nosso País, combater o crime, salvar vidas humanas, entre outras missões nobres, daqueles que dizem, vezes sem conta, que os submarinos não servem para nada... Vejam toda a reportagem e pensem nisto, em: http://www.youtube.com/watch?v=tCm1PclN2kg

terça-feira, 13 de julho de 2010

Quem é o doido que investe em Portugal com esta Justiça?!


"Há um milhão e 200 mil acções executivas (cobrança de dívidas e execução de sentenças) pendentes em Portugal e oito mil processos disciplinares parados na Câmara dos Solicitadores. Os dados foram revelados ontem na reunião do Conselho Consultivo da Justiça. A situação, considerada "muito preocupante", esteve no centro do encontro que juntou, em Lisboa, os mais altos representantes dos organismos da Justiça." fonte: Jornal Público

Todos os dias surgem notícias que me dão razão quando eu digo que o nosso atraso (a todos os níveis) tem como base dois vectores principais: JUSTIÇA e FISCALIDADE. Em relação à Justiça, ninguém, com responsabilidades políticas, leva a cabo uma única medida que inverta esta situação. No que diz respeito à Fiscalidade ainda é pior pois o que se faz é aumentar a carga fiscal para dar a estucada final à Economia.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Um pouco de bom humor... ...e não só...

O Zé Luso, depois de dormir numa almofada de algodão (Made in Egipt), começou o dia bem cedo, acordado pelo despertador (Made in Japan) às 7 da manhã.

Depois de um banho com sabonete (Made in France) e enquanto o café (importado da Colômbia) estava a fazer na máquina (Made in Chech Republic), barbeou-se com a máquina eléctrica (Made in China).

Vestiu uma camisa (Made in Sri Lanka), jeans de marca (Made in Singapure) e um relógio de bolso (Made in Swiss).

Depois de preparar as torradas de trigo (produced in USA) na sua torradeira (Made in Germany) e enquanto tomava o café numa chávena (Made in Spain), pegou na máquina de calcular (Made in Korea) para ver quanto é que poderia gastar nesse dia e consultou a Internet no seu computador (Made in Thailand) para ver as previsões meteorológicas.

Depois de ouvir as notícias pela rádio (Made in India), ainda bebeu um sumo de laranja (produced in Israel), entrou no carro Saab (Made in Sweden) e continuou à procura de emprego.

Ao fim de mais um dia frustrante, com muitos contactos feitos através do seu telemóvel (Made in Finland) e, após comer uma pizza (Made in Italy), o Zé Luso decidiu relaxar por uns instantes.

Calçou as suas sandálias (Made in Brazil), sentou-se num sofá (Made in Denmark), serviu-se de um copo de vinho (produced in Chile), ligou a TV (Made in Indonésia) e pôs-se a pensar porque é que não conseguia encontrar um emprego em PORTUGAL...

Talvez este e-mail devesse ser enviado a todos os consumidores portugueses (os governantes e responsáveis também consomem, não?...).

O Ministério da Economia de Espanha estimou que se cada espanhol consumir 150€ de produtos nacionais, por ano, a economia cresce acima de todas as estimativas e, ainda por cima, cria postos de trabalho.

domingo, 27 de junho de 2010

7º concurso Poliempreende


Nesta semana que hoje começa, decorrerá a ultima etapa de preparação do meu projecto (em conjunto com a minha colega de grupo) a concurso no 7º Poliempreende. O concurso Poliendreende é um concurso Nacional, no âmbito das actividades promovidas pelas instituições de Ensino Superior Politécnico, que tem como objectivo promover a criação de novos projectos inovadores de vocação empresarial. Numa altura em que o empreendedorismo e a inovação são tão falados como ferramentas fundamentais de combate à crise e atracção de investimento privado no nosso País, também eu quis dar o meu contributo para que possamos sair deste marasmo e seguir em frente rumo ao futuro. Estão desde já todos convidados a comparecer na apresentação pública dos projectos a concurso.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Falta de competitividade e também alguma falta de vergonha!


Esta semana os representantes das entidades patronais reuniram com o governo e aproveitaram para apresentar algumas propostas no sentido de promover o aumento de competitividade no nosso país. Uma delas prende-se com a flexibilização da lei laboral para que a menor rigidez na contratação e dispensa de trabalhadores promova o aumento do investimento privado, tão necessário, no actual cenário económico. Até aqui eu subscrevo na íntegra o que foi proposto. Estou, porém, em total desacordo com a segunda proposta de redução de salários e penso até, eu que sou uma pessoa de direita, que se aproxima do ridículo. Num país onde os salários já são dos mais baixos da zona euro e onde o crescimento é suportado, em grande medida, através do consumo interno, os empresários não querem assumir qualquer responsabilidade na baixa produtividade/competitividade que temos! Sim, porque eles também têm uma significativa cota de responsabilidade nesta situação. Das 350 000 pequenas e médias empresas, muitas delas não inovaram, não se modernizaram e não se qualificaram; agora não querem assumir essa inoperância. Eu vou dar um exemplo muito concreto: Há uma empresa em Portugal que desenvolveu um software de gestão e quando o apresenta a empresas estrangeiras, do norte da Europa, a primeira pergunta que estas fazem é: “Qual o valor que este produto acrescenta à minha empresa?”, em Portugal a primeira pergunta é: “Quanto custa?”. Isto diz muito da nossa cultura empresarial e portanto os nossos empresários devem assumir as suas responsabilidades. Portugal só vai mudar quando todos assumirmos os nossos “vícios culturais”, porque todos os temos, não são só os trabalhadores, somos TODOS, sem excepção…

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Os cruéis benefícios de uma crise necessária!...


Existem, no nosso mundo globalizado, alguns conceitos tão diferentes na sua definição mas tão iguais se os personificarmos. Toda a envolvência social, económica e financeira actual não é mais do que um processo clínico com uma evolução idêntica a tantos outros. A situação actual assemelha-se a um indivíduo que apanhou um resfriado e deixou andar porque não lhe apeteceu ir ao centro de saúde. Como ignorou os sintomas, o seu estado evoluiu para uma gripe. Confrontado com essa situação decidiu tratar-se e foi à Farmácia (em vez de ir ao centro de saúde) e pediu um anti-gripal porque não gosta muito de tomar medicamentos e portanto pode ser que passe só com este. De seguida a situação evoluiu para uma pneumonia e aí não houve outro remédio senão tratar-se convenientemente e teve, claro está, que se aguentar com as reacções adversas, de um tratamento muito mais agressivo, que poderiam ter sido evitadas se o tratamento tivesse sido feito no tempo certo. No final pode acontecer uma de duas coisas: ou morre ou sai revigorado pois tem plena consciência dos erros que cometeu e adoptará hábitos de vida mais saudáveis além de procurar tratamento precoce se for confrontado novamente com uma situação idêntica. A chamada “CRISE” actual não é mais do que uma situação clínica patológica em tudo idêntica à que referi. Se se conseguir a cura, virão novamente “vacas gordas” embora, com o tempo, as sanguessugas regressem para retomar vícios antigos e determinar outro período de “vacas magras”. Mas é assim o ciclo da vida… Isto se o doente não morrer entretanto…

terça-feira, 8 de junho de 2010

Exceptuando alguns senhores feudais de PS e PSD, há pessoas que sonham com uma carreira de sucesso e outras com uma carreira na Função Pública!!!


O objectivo deste artigo é única e exclusivamente mostrar às pessoas que consultam este blog, qual é, na minha opinião, a realidade actual onde vivemos e a miopia cada vez maior de quem olha para ela!
Diz-se por aí que vivemos num estado de direito democrático, mas em que pilares assenta esse estado?! A meu ver, o pilar maior de uma democracia é a Justiça, já o disse repetidas vezes, mas não é de certeza a Justiça que nós temos. E tão depressa não vamos ter outra podem ter a certeza, pois esta serve como uma luva os interesses do Governo e dos tais senhores feudais que referi. Não vale a pena perder tempo, energia e dinheiro com manifestações e greves porque não vai adiantar rigorosamente nada!
Um conselho de amigo para o cidadão comum que quer vencer na vida e ter uma carreira de sucesso: não percam tempo com a função pública! Porque aí ninguém reconhece o mérito, a excelência e o esforço, muito poucos querem saber do sucesso das instituições sem que isso seja apenas um instrumento para benefício pessoal, acrescentando o facto de que muitas delas nem sequer deviam existir, nenhum comum funcionário público vai subir na carreira nos próximos anos demonstre o que demonstrar, ninguém vai ver reconhecida a sua valorização académica nem vai ver o seu salário aumentado através do seu mérito, ninguém vai sequer ver garantido o mais elementar princípio democrático: o cumprimento da lei.
A nossa energia é limitada e portanto penso que não devemos desperdiça-la em causas perdidas! Eu sou funcionário público e o meu actual objectivo para me realizar efectivamente, em termos profissionais, é criar condições para sair da função pública o mais rápido que for possível. As minhas energias estão todas direccionadas para esse objectivo; posso até nunca conseguir atingi-lo mas não vou desistir tão cedo de tentar.
Para isso só existem dois caminhos: criar o meu próprio projecto empresarial ou ingressar numa empresa privada que reconheça efectivamente o trabalho, o empenho, o mérito, a qualificação académica e profissional, entre outros factores, o que também não é fácil encontrar neste País e, portanto, emigrar não é carta fora do baralho…

quarta-feira, 26 de maio de 2010

A ilusão do Direito à Saúde! Garantir que Futuro?


O direito de acesso aos cuidados de saúde, teoricamente universais e tendencialmente gratuitos, não é mais do que uma pura ilusão com a qual a generalidade dos cidadãos alimenta uma falsa segurança, que, mais tarde ou mais cedo, acaba por pagar caro (ou com o seu orçamento ou com a sua qualidade de vida). Quando alguém se vê confrontado com uma situação de doença, das duas uma, ou é uma situação emergente/urgente e o serviço nacional de saúde responde de uma forma que eu considero, na maioria dos casos, adequada (exceptuando o tempo de espera que se verifica algumas vezes nas situações de urgência e partindo do princípio que os médicos são qualificados, pois até isso está a ser posto em causa pela comunicação social) ou então depara-se com um estado patológico que, não sendo emergente ou urgente, é altamente incapacitante e “privador” da qualidade de vida. É este último caso que nos reporta para uma conhecida frase retirada da sabedoria popular – “pobre de quem precisa!”. Esperar meses a fio por uma consulta de especialidade, um exame ou uma cirurgia, com todas as consequências que daí advêm, é claramente, não ter direito à saúde e ponto final. E este aspecto entende-se tanto menos quanto os crescentes valores dos orçamentos para a saúde nos mostram, sendo difícil para o cidadão comum perceber onde acaba a despesa e começa o despesismo neste sector… Penso que é altura para o Estado começar a assumir as suas responsabilidades e reconhecer de uma vez por todas as respostas que pode dar e as que não pode, em matéria de saúde, para que, também de uma vez por todas, se possam encontrar soluções para este problema que tem um efeito nefasto na produtividade do País já que incide, em grande medida, na nossa população activa.

terça-feira, 25 de maio de 2010

Partidos políticos imunes à crise!


Em ano de crise, o orçamento da Assembleia da República dá mais dinheiro aos deputados para transportes, estudos e assessorias técnicas.

Fonte: Correio da Manhã



E depois queixam-se que as pessoas não aceitam os sacrifícios!!! Depois de saberem para onde vai o dinheiro desses sacrifícios o Governo queria o que?! Por acaso é um belo dia para Pedro Passos Coelho apelar à não participação das pessoas na greve geral convocada pela CGTP. Enquanto este Feudalismo continuar, não adianta pedir às pessoas para entender que a demagogia e o populismo da esquerda não são solução! Confesso que até a mim me apetece participar na manifestação...

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Olhar para os bons exemplos...


A vitória de José Mourinho na Champions League levanta uma interessante reflexão: o dinheiro é essencial para a competitividade de pessoas, empresas, Estados? Não. Senão veja-se: o seu primeiro triunfo na Champions, em 2003-2004, fez-se com uma equipa sem estrelas. Paulo Ferreira, por exemplo, vinha da Liga de Honra, eufemismo para II divisão.

Quando foi para o Chelsea, "The Special One" passou a dispor dos biliões de Abramovich. Mas embora tenha dado ao clube o primeiro título em 50 anos, nunca passou das meias-finais da Champions.

Caído em desgraça no Chelsea, Mourinho transitou para o Inter, com menores recursos financeiros. Mas foi precisamente aí que voltou ao topo do futebol europeu. Mero acaso? Não. Mourinho é um potenciador de talentos, um motivador. Com ele, recursos humanos que parecem medianos tornam-se gigantes: o leitor conhecia Milito? E Maicon, o defesa goleador? Sneijder, outro pilar do grupo, fora dispensado do Real Madrid por Florentino Pérez.

Abramovich e Pérez parecem o Estado português: gastam cada vez mais recursos sem entregar ("deliver") resultados. Pérez investiu mais de 250 milhões no Real e caiu nos oitavos-de-final. Abra caiu aos pés do Inter. Mourinho faz grandes omeletes com poucos ovos. Onde outros esbanjam dinheiro, sem resultados, ele faz milagres. Com orçamentos mais magros (e sem estrelas).

Moral da história: e se os primeiros-ministros percebessem que excesso de despesa não é sinónimo de um Estado mais útil para os cidadãos? É que deitar dinheiro para cima dos problemas nunca garantiu resultados!!!


Opinião de Camilo Lourenço em "Jonal de Negocios", que eu subscrevo na integra.

terça-feira, 18 de maio de 2010

"Portugal: que Futuro?"


Excerto do livro “Portugal: que Futuro?” de Medina Carreira:

“…pensar-se sempre nas limitações estruturais da nossa economia; não esquecer que a globalização é imperativa e que, por isso, vivemos num mercado muito aberto e competitivo.
Condicionados, no mínimo, por estes factores, dir-se-á que: primeiro, o nosso significativo crescimento só é possível pela satisfação da procura externa, isto é, exportando mais; segundo, que isto depende da atracção de investimentos, nacionais e estrangeiros, adequados; e que, terceiro, a criação de condições de atractividade desses investimentos, em mercado livre, é função das reformas que o Estado português venha a realizar, criando, assim, vantagens competitivas.
Seguindo o sentido das deslocalizações que têm ocorrido é, sobretudo, no leste europeu que se encontram hoje os países mais atractivos para os investimentos.
Entre as vantagens que oferecem encontram-se, provavelmente, os níveis salariais, os graus de preparação escolar e técnica; o regime laboral; o peso, a simplicidade, a estabilidade e a atractividade dos regimes fiscais; a transparência, a rapidez e a seriedade com que são tratados os processos burocráticos; o grau e o nível da corrupção existente; a celeridade e o custo dos processos judiciais, em especial dos fiscais, dos de condenação cível, dos de execução e dos do trabalho; as tarifas da energia e das comunicações.
Eventualmente algo mais.
Compreendamos, então, o que é inevitável: sejam quais forem os requisitos exigidos pelos investidores, eles só nos procurarão se lhes oferecermos condições mais vantajosas do que as dos outros países concorrentes.
Inteiramente livres nas suas decisões, tais investidores subordinar-se-ão sempre, e como é lógico, à consideração dos seus próprios interesses.
Vociferar contra isto, como acontece com alguns «voluntaristas», é patético: na realidade só podemos «pegar» ou «largar».
Neste jogo, não somos livres.”

domingo, 16 de maio de 2010

Um círculo vicioso onde ninguém mexe!


Precisamente no dia 25 de Abril de 1974, deu-se início a um círculo vicioso que ninguém tem coragem de interromper. Há cerca de 33 anos, logo após a revolução dos cravos, a Constituição e o Sistema Político instaurado interiorizou defeitos gravíssimos que se agudizam a cada dia que passa, qualquer que seja a situação económica e social, quer ao nível global quer ao nível interno. Esse mesmo sistema tem andado a vender ao povo a ilusão de que podemos viver acima das nossas possibilidades, tudo para manter as regalias dos senhores feudais deste País. Nós temos uma Republica de 10 milhões de habitantes que gasta mais recursos que a Monarquia Espanhola de 45 milhões, temos ministérios que aumentam as despesas todos os anos, temos autarquias onde o aumento da despesa é directamente proporcional à diminuição da população. O governo anunciou recentemente a redução de 5% nos vencimentos dos políticos e gestores públicos! Mas alguém acredita que a maior fonte de rendimento desses senhores é o salário?? E os subsídios de deslocação e representação, prémios de desempenho, horas extraordinárias, entre outras regalias tais como automóveis topo de gama, cartões de crédito com plafonds ilimitados, etc. etc. etc. Todos os especialistas e pessoas atentas estão carecas de saber que para um País prosperar tem que ter as contas públicas em ordem e crescimento económico sustentado, para isso temos que consumir mais produzindo mais e exportar no mínimo o correspondente ao que importamos. Mas vamos ao círculo vicioso propriamente dito: no início da Governação do actual primeiro-ministro (sendo certo que antes aconteceu exactamente a mesma coisa) com a economia a crescer debilmente mas a crescer, o mesmo disse: temos as CONTAS PÚBLICAS DESEQUILIBRADAS, temos que aumentar impostos às famílias e às empresas mas nas regalias dos senhores feudais não se mexe! Resultado – RECESSÃO. Vem o primeiro-ministro: estamos em recessão, temos que acudir à economia e às pessoas, mas nas regalias dos senhores feudais não se mexe! Resultado - CONTAS PÚBLICAS DESEQUILIBRADAS. Neste momento estamos na fase do anúncio, que há poucos dias foi feito: temos as contas públicas desequilibradas, temos que aumentar impostos às famílias e às empresas mas nas regalias dos senhores feudais não se mexe! Eu vou fazer uma previsão do resultado, assim ao “calhas”: RECESSÃO, e a seguir outra previsão ao “calhas”: CONTAS PÚBLICAS DESEQUILIBRADAS. E andamos nisto! A minha esperança é que apareça um dia um D. João II ou um Marquês de Pombal que faça realmente o que tem que ser feito e corte a sério a despesa vergonhosa que tem que ser cortada e deixe as famílias e as empresas produzir e consumir em paz.

sábado, 8 de maio de 2010

Alguém me explica a lógica das propostas de esquerda?!


Não sendo necessário, neste momento, caracterizar a actual crise que nos afecta, pois é por demais conhecida e sentida na pele por todos os cidadãos, vejo todos os dias, por parte dos partidos de esquerda, serem apresentadas algumas propostas para reverter a situação, sobre as quais eu gostaria de obter uma explicação assim como se fosse muito burro!!! A esquerda, principalmente a esquerda mais à esquerda, defende acerrimamente o investimento público para dinamizar a actividade económica e por o País na rota do crescimento. Ora se o País não tem um “tostão furado” para investir, vai ter que recorrer ao mercado capitalista e especulador, cujas agências de rating vão certamente avaliar ainda mais negativamente a dívida Portuguesa devido ao aumento galopante da mesma e portanto os respectivos juros ficarão ainda mais caros! Então mas afinal em que é que ficamos??? A esquerda, por um lado, defende que não devemos ficar reféns dos mercados capitalistas, por outro, defende que nos devemos endividar ainda mais! Ou eu sou estúpido ou há aqui qualquer coisa que não bate certo! Depois defende as grandes obras públicas em detrimento do investimento público de proximidade (tendo em conta que não temos propriamente condições, neste momento, para suportar os dois tipos de investimentos) beneficiando apenas meia dúzia de grandes empresas, essas entidades ávidas de lucro e exploradoras das pessoas! Confesso que estou um bocadinho baralhado! Além de esquerda me consegue explicar o que é que defende afinal??

quarta-feira, 5 de maio de 2010

É preciso recuar 900 anos…


Há quase 900 anos, Portugal foi governado por um soberano que, através da sua visão estratégica do reino no que dizia respeito à crucial importância do desenvolvimento sustentado alicerçado num povoamento equilibrado do território nacional, escreveu o seu nome na história sob o cognome de “O Povoador” e é considerado por muitos historiadores um dos Grandes Reis da nossa História. Refiro-me, como já devem ter percebido, a D. Sancho I. Actualmente vemos o nosso País com um desequilíbrio tão avassalador no que diz respeito ao nosso desenvolvimento regional que, em alguns casos, tenho muitas e fundadas dúvidas acerca da sua irreversibilidade. O actual regime democrático, com todos os instrumentos, a todos os níveis, nas suas mãos, nomeadamente todo o dinheiro atribuído pela União Europeia para a concretização desse objectivo, conseguiu construir um País muito mais assimétrico e desigual do que o que tínhamos há 35 anos atrás! Considero até que esta foi a maior derrota da nossa Democracia. E eu não atribuo este fracasso apenas aos governantes e respectivas políticas postas em prática, pois as mesmas apenas reflectiram a vontade do povo, que só se deixa iludir até onde quer e portanto penso que há uma responsabilidade repartida nesta problemática, que resulta de uma visão errada da nossa realidade e das perspectivas de futuro por parte de todos, desde governantes, políticos, empresários até ao mais comum dos cidadãos. O que é necessário, em meu entender, neste momento, é um exercício de consciencialização nacional no sentido de sensibilizar as pessoas para que as mesmas sejam sensíveis a esta realidade preocupante, porque só todos em conjunto poderemos criar sinergias e mudar o actual rumo que nos está a conduzir a um abismo do qual não vejo capacidade para podermos sair se nele cairmos. Para finalizar, apenas um apelo à reflexão: porque será que não há mais empresas a instalarem-se no interior onde os factores motivacionais dos respectivos colaboradores, nomeadamente o custo de vida muito mais baixo, as muito menos horas nas filas de transito, entre muitos outros que, em parceria com politicas laborais adequadas, levariam certamente a um aumento de produtividade com benefícios para todo o País? Será que o afastamento da via marítima para o transporte dos produtos produzidos é suficiente para explicar todo este cenário desolador?

sexta-feira, 30 de abril de 2010

O fim da ilusão…


Nos tempos que correm ouvimos, tantas e tantas vezes, da boca de altas figuras do actual governo socialista, frases de repúdio pelos ataques das agências de rating à Economia Portuguesa, do impacto que estas têm nas nossas vidas, da forma como influenciam as medidas de austeridade que vão ser implementadas, etc. etc…. Elas são portanto o “bicho papão” das “histórias da carochinha” contadas às crianças. São a prova de que o capitalismo é o modelo mais horrível alguma vez inventado... Mas então eu pergunto: Não foi a esses especuladores que os governos socialistas da Europa pediram dinheiro para alimentarem o populismo ilusório que tantas vitórias lhes deu em eleições? Não foram os mesmos especuladores que permitiram aos mesmos governos e respectivo povo viver acima das suas possibilidades ano após ano? Quando lhes pediram dinheiro e esse dinheiro lhes caiu na conta não se queixaram, mesmo sabendo do risco das possíveis flutuações dos juros da respectiva dívida. Agora que chegaram as consequências, ái ái ái ái ái ái os “mauzões” dos especuladores! Quero ver como vai agora o PS pedir os votos a quem está (duvido que por muito tempo) a viver à conta do estado!!!... ou melhor, à conta desses “malvados” desses especuladores…

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Leis Penais...


Carta enviada de uma mãe para outra mãe no Porto, após um telejornal da RTP1:

De mãe para mãe...Cara Senhora, vi o seu enérgico protesto diante das câmaras de televisão contra a transferência do seu filho, presidiário, das dependências da prisão de Custóias para outra dependência prisional em Lisboa.Vi-a a queixar-se da distância que agora a separa do seu filho, das dificuldades e das despesas que vai passar a ter para o visitar, bem como de outros inconvenientes decorrentes dessa mesma transferência.Vi também toda a cobertura que os jornalistas e repórteres deram a este facto, assim como vi que não só você, mas também outras mães na mesma situação, contam com o apoio de Comissões, Órgãos e Entidades de Defesa de Direitos Humanos, etc... Eu também sou mãe e posso compreender o seu protesto. Quero com ele fazer coro, porque, como verá, também é enorme a distância que me separa do meu filho.A trabalhar e a ganhar pouco, tenho as mesmas dificuldades e despesas para o visitar.Com muito sacrifício, só o posso fazer aos domingos porque trabalho (inclusive aos sábados) para auxiliar no sustento e educação do resto da família. Se você ainda não percebeu, sou a mãe daquele jovem que o seu filho matou cruelmente num assalto a uma bomba de combustível, onde ele, meu filho, trabalhava durante a noite para pagar os estudos e ajudar a família. No próximo domingo, enquanto você estiver a abraçar e beijar o seu filho, eu estarei a visitar o meu e a depositar algumas flores na sua humilde campa, num cemitério dos arredores... Ah! Já me esquecia: Pode ficar tranquila, que o Estado se encarregará de tirar parte do meu magro salário para custear o sustento do seu filho e, de novo, o colchão que ele queimou, pela segunda vez, na cadeia onde se encontrava a cumprir pena, por ser um criminoso.No cemitério, ou na minha casa, NUNCA apareceu nenhum representante dessas "Entidades" que tanto a confortam, para me dar uma só palavra de conforto ou indicar-me quais "os meus direitos". Para terminar, ainda como mãe, peço por favor:Façam circular este manifesto! Talvez se consiga acabar com esta (falta de vergonha) inversão de valores que assola Portugal e não só...
Direitos humanos só deveriam ser para "humanos direitos" !!!

quinta-feira, 4 de março de 2010

Um pouco de decência na política não ficava nada mal…

Os tempos que vivemos não são nada fáceis, todos sabemos. Há sacrifícios que têm que ser feitos. Mas com que direito e moralidade nos pedem os políticos que nos governam, para que apertemos cada vez mais o nosso cinto? Eles por acaso já deram algum exemplo que nos sensibilize para os referidos sacrifícios e aperto de cinto? Há pouco tempo, o grupo parlamentar do CDS-PP propôs cortes no rendimento dos políticos. Não houve nenhum dos outros partidos que apoiasse esta proposta! Todos acusaram o CDS de querer apenas ganhar votos. Quer dizer então que já não se pode fazer uma proposta que vá de encontro às expectativas e anseios das pessoas que se é logo acusado de populismo? Mas afinal em que é que ficamos? Somos presos por ter cão e presos por não ter? Que moral tem o Governo para nos impor uma idade de reforma aos 65 anos quando há políticos com cinquenta e poucos anos reformados sem penalizações, com reformas elevadas? Depois queixam-se que a classe política tenha atingido este nível de descrédito na sociedade.
Deixo apenas um exemplo: Aos 50 anos de idade e com 20 anos de descontos como deputado, Marques Mendes acaba de requerer a pensão a que tem direito, com o valor mensal vitalício de 2.905 euros.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Debate “Jovens e Cidadania”


Ontem participei no debate “jovens e cidadania” promovido pela AE da Escola Secundária de Gouveia, em representação do CDS-PP, onde também estiveram representados: PS, PSD, PCP e BE. Foi a minha primeira experiência deste tipo e confesso que me enriqueceu muito enquanto pessoa e enquanto cidadão.
Retirei algumas conclusões, ou melhor, já as tinha presentes na minha mente, tendo estas ficado ainda mais claras. Em meu entender, os partidos mais à esquerda são muito bons a identificar e denunciar problemas. Já não são tão bons, quanto a mim, a apresentar soluções para os mesmos. Ou seja, a meu ver, o PCP e o Bloco recusam-se terminantemente a olhar para a realidade e a encará-la de frente. Por exemplo, defendem que é essencial um combate à pobreza e ao desemprego. Eu não podia estar mais de acordo. O facto é que só existe uma maneira de combater a pobreza, que é criando riqueza. E depois distribui-la, naturalmente. Mas como é que se pode criar riqueza? Todos os partidos à esquerda (incluindo do PS) defendem que é com investimento público. No caso do PCP e do BE, quase exclusivamente. Agora eu pergunto: qual é a realidade que está à vista de todos? O que eu vejo é muitas das empresas públicas darem prejuízo, terem constantemente derrapagens orçamentais e ainda por cima o estado anuncia prémios de desempenho aos seus gestores! Que riqueza se cria assim??? Se as pessoas não sentirem as empresas como suas, o que fazem é governarem-se delas em vez de as governar. O caminho é dar lugar à iniciativa privada, incentivar a criatividade e o empreendedorismo. Como é que isto se faz? Fomentando esse empreendedorismo nas escolas desde cedo, criando condições fiscais atractivas ao investimento e por fim garantindo que a justiça funcione efectivamente, garantindo, tanto os direitos dos trabalhadores (de que a esquerda tanto fala) como os direitos dos empresários e das empresas. Gostava de deixar uma questão no ar: quem é que vai investir num País onde a cobrança de uma dívida demora anos a ser resolvida?
Alguém na plateia referiu que, no Parlamento, os partidos fazem propostas apenas no sentido de ganhar votos e não para resolver efectivamente os problemas do País. Em minha opinião isso acontece mas só com alguns partidos. Digam-me por exemplo, que proposta impopular (que afecte muita gente e não apenas meia dúzia) já apresentou o PCP e o BE. Outra pergunta: Acham que o CDS ganha votos ao propor portagens nas SCUT? Eu referi esse ponto e claro que os partidos mais à esquerda se manifestaram contra. Mas afinal qual é a diferença entre a existência ou não de portagens nas SCUT? As pessoas pensam que assim não pagam essas auto-estradas? Pagam! Pagam nos impostos, pagam nos congelamentos de salários, no aumento das penalizações das reformas… É porque não sai do bolso na hora que acham que não pagam??? A única diferença é que assim pagam todos e com portagens pagava quem usufrui e quando usufrui. O que será mais justo?
Para acabar quero referir que gostei de ver que a adesão dos alunos ao evento foi muito boa e espero que sejam promovidas mais iniciativas idênticas, futuramente.

Assistam ao debate “jovens e cidadania” em www.aegouveia.blogspot.com

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Primeiros passos do movimento Mudar PORTUGAL


Este movimento dará os primeiros passos da seguinte forma:

1º Quando as primeiras 10 pessoas que compartilham esta ideia com muita força e convicção estiverem reunidas, vamos formar uma associação com estatutos próprios a definir em conjunto.

2º Vamos criar uma base de dados com as características de cada um (situação profissional, habilitações, etc.)

3º Vamos criar uma bolsa de ideias de negócio, que serão desenvolvidas com a ajuda de todos. Posteriormente as ideias serão pastas em prática também com a ajuda de todos. Por exemplo, se é necessário tratar de um assunto jurídico e de apoio a nível informático, então os associados com disponibilidade (desempregados ou não) e com formação nessas áreas irão prestar esse apoio gratuitamente.

4º Vamos criar uma bolsa de emprego interna, ou seja, quem procurar emprego procura para todos, pois pode encontrar uma oportunidade onde não se enquadre e irá disponibilizar essa informação a uma pessoa com o perfil pretendido.

5º Vamos criar um espaço de formação onde cada um poderá dar a formação para a qual está habilitado a todos os outros.

6º Vamos deixar sempre um ponto em aberto (neste caso é o 6º) para ser preenchido por cada um ou por todos em conjunto.

Vamos Vencer


Um abraço

Miguel Pires

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Agarra o Futuro com as Duas Mãos


Ontem, depois de ter visto uma reportagem televisiva acerca da tristeza, descrença, desalento, falta de esperança no futuro entre outros sentimentos que nos colocam a todos, e em particular aos jovens, numa situação de depressão nacional generalizada (a reportagem referia-se à situação dos recém diplomados desempregados do nosso País), reflecti sobre o assunto e levantaram-se na minha mente várias questões para as quais não consigo encontrar respostas e consigo ainda menos perceber porque é que essas respostas não aparecem. A meu ver é necessária uma análise profunda do nosso País e uma mudança radical de mentalidades. Pergunto-me por exemplo qual é a principal causa da nossa situação económica, financeira e social actual?! Porque é que em períodos de crescimento não crescemos tanto como os outros? Porque é que em períodos de crise as agências internacionais nos colocam no pódio dos que aguentam pior a situação? Porque é que na retoma da economia somos sempre dos últimos a arrancar na corrida? Será porque somos um País com poucos recursos naturais? Talvez, mas por exemplo o Japão encontra-se em situação idêntica no que diz respeito a esse factor e é a segunda maior economia a nível mundial! Será falta de massa cinzenta no nosso País? Provavelmente, mas então porque é que o desemprego incide principalmente sobre os Licenciados, Mestrados e Doutorados (muitos deles com notas elevadíssimas)? Eu só encontro uma justificação: a nossa mentalidade, a maneira como encaramos o nosso País e o nosso Mundo! A meu ver a única esperança é a mudança radical da forma como encaramos o país e o mundo. Economicamente falando, qualquer País só prospera se a sua balança comercial estiver equilibrada. Temos que ter a consciência de que não podemos consumir mais do que aquilo que produzimos. Portanto se queremos ter conforto e progresso, se queremos continuar a consumir, temos que produzir mais e melhor! Como? Em minha opinião basta fazer uma análise pragmática da situação e mudar de atitude, começando por identificar o problema, a seguir olhar para as nossas potencialidades e por último desenvolve-las. O principal problema de Portugal é o facto de importarmos de mais e exportarmos de menos e essa tendência só pode ser invertida se a encararmos como um desígnio nacional (diminuir as importações, aumentar as exportações ou ambas é o objectivo para diminuir a dependência do estrangeiro). O problema está então identificado e as nossas potencialidades para o resolver são imensas. Não percebo como é que não as vemos!!! Portugal tem riquíssimos recursos marítimos, tem solo fértil, recursos florestais ou possibilidade de os desenvolver através da reflorestação, tem um clima favorável, um potencial energético imenso em termos de energias renováveis, uma historia e um património que permite desenvolver o turismo, pode prestar serviços de qualidade a quem nos visita, tem massa cinzenta, em suma, tem tudo o que é preciso. A forma de desenvolver todos estes recursos está ao nosso alcance e é, a meu ver, de simples definição, embora talvez, de difícil concretização mas mesmo assim eu vou tentar. A palavra-chave é mobilização em torno de um objectivo e esse objectivo será alcançado com uma conjugação de atitudes. Pensem nesta ideia: como podemos ganhar 1000 euros numa fabrica de vestuário se queremos comprar uma camisola por 5 euros?? O que acontece hoje, no mundo globalizado, é que compramos uma camisola por 5 euros importada de um país onde quem a fez recebe 100 euros de ordenado mensal. Resumindo, além de não ganharmos os 1000 euros ainda estamos no desemprego. O que será que podia acontecer se nos uníssemos (todos nós portugueses) para comprar camisolas a 50 euros feitas em Portugal com a lã Portuguesa??? Pensem nisto… Hoje em dia os meios para obtermos formação, informação, apoio, aconselhamento, mobilização, entre outras coisas, são imensos e por isso proponho o seguinte: criar uma rede social alargada, aberta a todos os que partilhem esta minha ideia: desempregados, empreendedores, diplomados, investidores, todos. Vamos criar um fórum de ideias e debate para mobilizar as pessoas no sentido de fazer despertar o seu talento, explorar os recursos que temos, apresentar ideias inovadoras, projectos de negócio, comentar e contribuir para o desenvolvimento de ideias de outras pessoas e ajuda-las a criar o seu próprio emprego, por ao serviço de todos o conhecimento de cada um, fazer campanhas de mobilização, incentivar o consumo de produtos nacionais, etc. Ao serviço desta ideia vou por à disposição uma pagina no facebook, um blog e um endereço de e-mail. A partir daqui vamos criar bases de dados com os perfis de cada pessoa (importante a sua formação e conhecimentos), ideias de negócios, sugestões entre outras. No fundo o objectivo é fazer com que as pessoas, principalmente as que estão desempregadas, não se sintam sozinhas e que a palavra vitória se torne regra neste grupo. Juntos vamos conseguir.



Albert Einstein disse: “só há duas coisas infinitas: o universo e a estupidez humana” eu acrescentaria uma…


…a vontade humana!...



Miguel Pires