quarta-feira, 26 de maio de 2010

A ilusão do Direito à Saúde! Garantir que Futuro?


O direito de acesso aos cuidados de saúde, teoricamente universais e tendencialmente gratuitos, não é mais do que uma pura ilusão com a qual a generalidade dos cidadãos alimenta uma falsa segurança, que, mais tarde ou mais cedo, acaba por pagar caro (ou com o seu orçamento ou com a sua qualidade de vida). Quando alguém se vê confrontado com uma situação de doença, das duas uma, ou é uma situação emergente/urgente e o serviço nacional de saúde responde de uma forma que eu considero, na maioria dos casos, adequada (exceptuando o tempo de espera que se verifica algumas vezes nas situações de urgência e partindo do princípio que os médicos são qualificados, pois até isso está a ser posto em causa pela comunicação social) ou então depara-se com um estado patológico que, não sendo emergente ou urgente, é altamente incapacitante e “privador” da qualidade de vida. É este último caso que nos reporta para uma conhecida frase retirada da sabedoria popular – “pobre de quem precisa!”. Esperar meses a fio por uma consulta de especialidade, um exame ou uma cirurgia, com todas as consequências que daí advêm, é claramente, não ter direito à saúde e ponto final. E este aspecto entende-se tanto menos quanto os crescentes valores dos orçamentos para a saúde nos mostram, sendo difícil para o cidadão comum perceber onde acaba a despesa e começa o despesismo neste sector… Penso que é altura para o Estado começar a assumir as suas responsabilidades e reconhecer de uma vez por todas as respostas que pode dar e as que não pode, em matéria de saúde, para que, também de uma vez por todas, se possam encontrar soluções para este problema que tem um efeito nefasto na produtividade do País já que incide, em grande medida, na nossa população activa.

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