quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Debate “Jovens e Cidadania”


Ontem participei no debate “jovens e cidadania” promovido pela AE da Escola Secundária de Gouveia, em representação do CDS-PP, onde também estiveram representados: PS, PSD, PCP e BE. Foi a minha primeira experiência deste tipo e confesso que me enriqueceu muito enquanto pessoa e enquanto cidadão.
Retirei algumas conclusões, ou melhor, já as tinha presentes na minha mente, tendo estas ficado ainda mais claras. Em meu entender, os partidos mais à esquerda são muito bons a identificar e denunciar problemas. Já não são tão bons, quanto a mim, a apresentar soluções para os mesmos. Ou seja, a meu ver, o PCP e o Bloco recusam-se terminantemente a olhar para a realidade e a encará-la de frente. Por exemplo, defendem que é essencial um combate à pobreza e ao desemprego. Eu não podia estar mais de acordo. O facto é que só existe uma maneira de combater a pobreza, que é criando riqueza. E depois distribui-la, naturalmente. Mas como é que se pode criar riqueza? Todos os partidos à esquerda (incluindo do PS) defendem que é com investimento público. No caso do PCP e do BE, quase exclusivamente. Agora eu pergunto: qual é a realidade que está à vista de todos? O que eu vejo é muitas das empresas públicas darem prejuízo, terem constantemente derrapagens orçamentais e ainda por cima o estado anuncia prémios de desempenho aos seus gestores! Que riqueza se cria assim??? Se as pessoas não sentirem as empresas como suas, o que fazem é governarem-se delas em vez de as governar. O caminho é dar lugar à iniciativa privada, incentivar a criatividade e o empreendedorismo. Como é que isto se faz? Fomentando esse empreendedorismo nas escolas desde cedo, criando condições fiscais atractivas ao investimento e por fim garantindo que a justiça funcione efectivamente, garantindo, tanto os direitos dos trabalhadores (de que a esquerda tanto fala) como os direitos dos empresários e das empresas. Gostava de deixar uma questão no ar: quem é que vai investir num País onde a cobrança de uma dívida demora anos a ser resolvida?
Alguém na plateia referiu que, no Parlamento, os partidos fazem propostas apenas no sentido de ganhar votos e não para resolver efectivamente os problemas do País. Em minha opinião isso acontece mas só com alguns partidos. Digam-me por exemplo, que proposta impopular (que afecte muita gente e não apenas meia dúzia) já apresentou o PCP e o BE. Outra pergunta: Acham que o CDS ganha votos ao propor portagens nas SCUT? Eu referi esse ponto e claro que os partidos mais à esquerda se manifestaram contra. Mas afinal qual é a diferença entre a existência ou não de portagens nas SCUT? As pessoas pensam que assim não pagam essas auto-estradas? Pagam! Pagam nos impostos, pagam nos congelamentos de salários, no aumento das penalizações das reformas… É porque não sai do bolso na hora que acham que não pagam??? A única diferença é que assim pagam todos e com portagens pagava quem usufrui e quando usufrui. O que será mais justo?
Para acabar quero referir que gostei de ver que a adesão dos alunos ao evento foi muito boa e espero que sejam promovidas mais iniciativas idênticas, futuramente.

Assistam ao debate “jovens e cidadania” em www.aegouveia.blogspot.com

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Primeiros passos do movimento Mudar PORTUGAL


Este movimento dará os primeiros passos da seguinte forma:

1º Quando as primeiras 10 pessoas que compartilham esta ideia com muita força e convicção estiverem reunidas, vamos formar uma associação com estatutos próprios a definir em conjunto.

2º Vamos criar uma base de dados com as características de cada um (situação profissional, habilitações, etc.)

3º Vamos criar uma bolsa de ideias de negócio, que serão desenvolvidas com a ajuda de todos. Posteriormente as ideias serão pastas em prática também com a ajuda de todos. Por exemplo, se é necessário tratar de um assunto jurídico e de apoio a nível informático, então os associados com disponibilidade (desempregados ou não) e com formação nessas áreas irão prestar esse apoio gratuitamente.

4º Vamos criar uma bolsa de emprego interna, ou seja, quem procurar emprego procura para todos, pois pode encontrar uma oportunidade onde não se enquadre e irá disponibilizar essa informação a uma pessoa com o perfil pretendido.

5º Vamos criar um espaço de formação onde cada um poderá dar a formação para a qual está habilitado a todos os outros.

6º Vamos deixar sempre um ponto em aberto (neste caso é o 6º) para ser preenchido por cada um ou por todos em conjunto.

Vamos Vencer


Um abraço

Miguel Pires

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Agarra o Futuro com as Duas Mãos


Ontem, depois de ter visto uma reportagem televisiva acerca da tristeza, descrença, desalento, falta de esperança no futuro entre outros sentimentos que nos colocam a todos, e em particular aos jovens, numa situação de depressão nacional generalizada (a reportagem referia-se à situação dos recém diplomados desempregados do nosso País), reflecti sobre o assunto e levantaram-se na minha mente várias questões para as quais não consigo encontrar respostas e consigo ainda menos perceber porque é que essas respostas não aparecem. A meu ver é necessária uma análise profunda do nosso País e uma mudança radical de mentalidades. Pergunto-me por exemplo qual é a principal causa da nossa situação económica, financeira e social actual?! Porque é que em períodos de crescimento não crescemos tanto como os outros? Porque é que em períodos de crise as agências internacionais nos colocam no pódio dos que aguentam pior a situação? Porque é que na retoma da economia somos sempre dos últimos a arrancar na corrida? Será porque somos um País com poucos recursos naturais? Talvez, mas por exemplo o Japão encontra-se em situação idêntica no que diz respeito a esse factor e é a segunda maior economia a nível mundial! Será falta de massa cinzenta no nosso País? Provavelmente, mas então porque é que o desemprego incide principalmente sobre os Licenciados, Mestrados e Doutorados (muitos deles com notas elevadíssimas)? Eu só encontro uma justificação: a nossa mentalidade, a maneira como encaramos o nosso País e o nosso Mundo! A meu ver a única esperança é a mudança radical da forma como encaramos o país e o mundo. Economicamente falando, qualquer País só prospera se a sua balança comercial estiver equilibrada. Temos que ter a consciência de que não podemos consumir mais do que aquilo que produzimos. Portanto se queremos ter conforto e progresso, se queremos continuar a consumir, temos que produzir mais e melhor! Como? Em minha opinião basta fazer uma análise pragmática da situação e mudar de atitude, começando por identificar o problema, a seguir olhar para as nossas potencialidades e por último desenvolve-las. O principal problema de Portugal é o facto de importarmos de mais e exportarmos de menos e essa tendência só pode ser invertida se a encararmos como um desígnio nacional (diminuir as importações, aumentar as exportações ou ambas é o objectivo para diminuir a dependência do estrangeiro). O problema está então identificado e as nossas potencialidades para o resolver são imensas. Não percebo como é que não as vemos!!! Portugal tem riquíssimos recursos marítimos, tem solo fértil, recursos florestais ou possibilidade de os desenvolver através da reflorestação, tem um clima favorável, um potencial energético imenso em termos de energias renováveis, uma historia e um património que permite desenvolver o turismo, pode prestar serviços de qualidade a quem nos visita, tem massa cinzenta, em suma, tem tudo o que é preciso. A forma de desenvolver todos estes recursos está ao nosso alcance e é, a meu ver, de simples definição, embora talvez, de difícil concretização mas mesmo assim eu vou tentar. A palavra-chave é mobilização em torno de um objectivo e esse objectivo será alcançado com uma conjugação de atitudes. Pensem nesta ideia: como podemos ganhar 1000 euros numa fabrica de vestuário se queremos comprar uma camisola por 5 euros?? O que acontece hoje, no mundo globalizado, é que compramos uma camisola por 5 euros importada de um país onde quem a fez recebe 100 euros de ordenado mensal. Resumindo, além de não ganharmos os 1000 euros ainda estamos no desemprego. O que será que podia acontecer se nos uníssemos (todos nós portugueses) para comprar camisolas a 50 euros feitas em Portugal com a lã Portuguesa??? Pensem nisto… Hoje em dia os meios para obtermos formação, informação, apoio, aconselhamento, mobilização, entre outras coisas, são imensos e por isso proponho o seguinte: criar uma rede social alargada, aberta a todos os que partilhem esta minha ideia: desempregados, empreendedores, diplomados, investidores, todos. Vamos criar um fórum de ideias e debate para mobilizar as pessoas no sentido de fazer despertar o seu talento, explorar os recursos que temos, apresentar ideias inovadoras, projectos de negócio, comentar e contribuir para o desenvolvimento de ideias de outras pessoas e ajuda-las a criar o seu próprio emprego, por ao serviço de todos o conhecimento de cada um, fazer campanhas de mobilização, incentivar o consumo de produtos nacionais, etc. Ao serviço desta ideia vou por à disposição uma pagina no facebook, um blog e um endereço de e-mail. A partir daqui vamos criar bases de dados com os perfis de cada pessoa (importante a sua formação e conhecimentos), ideias de negócios, sugestões entre outras. No fundo o objectivo é fazer com que as pessoas, principalmente as que estão desempregadas, não se sintam sozinhas e que a palavra vitória se torne regra neste grupo. Juntos vamos conseguir.



Albert Einstein disse: “só há duas coisas infinitas: o universo e a estupidez humana” eu acrescentaria uma…


…a vontade humana!...



Miguel Pires