quarta-feira, 17 de junho de 2009

Sinais dos Tempos


O momento que atravessamos enquanto País Soberano, num Mundo Globalizado, exige de todos nós uma reflexão profunda no que diz respeito ao nosso modelo de sociedade. Temos instaurada, desde o 25 de Abril de 1974, uma Democracia Participativa, sendo na minha opinião, cada vez menos uma democracia, pois é também, cada vez menos participativa. Os níveis de abstenção nestas Eleições Europeias, embora não divergindo do padrão que se tem verificado neste tipo de eleições, não deixa de me preocupar. Contudo, e ao contrário do que muitos pensavam, vários governos e forças politicas de Direita na Europa, como são os casos da Alemanha e da França por exemplo, além de não serem penalizados com a crise que se vive, que na minha opinião é sobretudo uma crise de confiança nas instituições, cresceram significativamente, ao contrário de Governos de Esquerda que regrediram de uma forma muito acentuada, como são os casos do Reino Unido, Espanha e Portugal. No fundo estas Eleições demonstraram, em meu entender, que as pessoas perceberam que a solução para esta crise de confiança que atravessamos passa por um vector essencial que as políticas de Esquerda não só não garantem como agravam todos os dias: A Justiça. A justiça é o vector fundamental porque se aplica a todas as áreas da sociedade. O que Portugal precisa é de uma Justiça mais célere e eficaz; leis civis e penais que se ajustem às necessidades das pessoas e que se executem em tempo útil, tanto no garante da sua liberdade e exercício de cidadania como no garante da sua integridade física, (como todos sabemos, a criminalidade tem disparado); de Justiça Social pois há pessoas que trabalharam uma vida inteira e recebem pensões de miséria; de Justiça no Sistema bancário pois a incompetente supervisão desse mesmo sistema culminou com várias fraudes, negligências e irregularidades por todo o mundo e no caso Português culminou com um gasto de uma grossa fatia dos nossos impostos com a nacionalização do BPN, sendo que, ninguém é responsabilizado; de Justiça económica pois os níveis de execução do QREN até ao momento estão muito abaixo do desejável, os apoios e incentivos que chegam efectivamente às pequenas e médias empresas, que são o suporte do emprego, são residuais; de Justiça na agricultura, pois assistimos a uma total estagnação ministerial, que já nos permitiu perder elevadas verbas em fundos comunitários de apoio ao sector relegando-o para uma situação alarmante; de justiça no emprego e na igualdade de oportunidades, onde se reconheça o mérito e a excelência. Ao mesmo tempo que tudo isto acontece, assistimos ao anúncio de obras públicas megalómanas que irão sugar os recursos que temos e que não temos. Em meu entender, todo isto só se pode mudar através da participação de todos. Nos próximos actos eleitorais o voto no CDS-PP é o instrumento fundamental que permitirá a todos contribuir para alterar este estado de coisas. Vota CDS-PP