segunda-feira, 14 de junho de 2010

Os cruéis benefícios de uma crise necessária!...


Existem, no nosso mundo globalizado, alguns conceitos tão diferentes na sua definição mas tão iguais se os personificarmos. Toda a envolvência social, económica e financeira actual não é mais do que um processo clínico com uma evolução idêntica a tantos outros. A situação actual assemelha-se a um indivíduo que apanhou um resfriado e deixou andar porque não lhe apeteceu ir ao centro de saúde. Como ignorou os sintomas, o seu estado evoluiu para uma gripe. Confrontado com essa situação decidiu tratar-se e foi à Farmácia (em vez de ir ao centro de saúde) e pediu um anti-gripal porque não gosta muito de tomar medicamentos e portanto pode ser que passe só com este. De seguida a situação evoluiu para uma pneumonia e aí não houve outro remédio senão tratar-se convenientemente e teve, claro está, que se aguentar com as reacções adversas, de um tratamento muito mais agressivo, que poderiam ter sido evitadas se o tratamento tivesse sido feito no tempo certo. No final pode acontecer uma de duas coisas: ou morre ou sai revigorado pois tem plena consciência dos erros que cometeu e adoptará hábitos de vida mais saudáveis além de procurar tratamento precoce se for confrontado novamente com uma situação idêntica. A chamada “CRISE” actual não é mais do que uma situação clínica patológica em tudo idêntica à que referi. Se se conseguir a cura, virão novamente “vacas gordas” embora, com o tempo, as sanguessugas regressem para retomar vícios antigos e determinar outro período de “vacas magras”. Mas é assim o ciclo da vida… Isto se o doente não morrer entretanto…

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