sexta-feira, 8 de maio de 2009

Realçar o que se faz bem, mas lembrando o que por vezes se esquece…


Quero desde já congratular-me com dois projectos agora anunciados para a Guarda, nomeadamente o Programa Estratégico de Regeneração Urbana e a Remodelação e Ampliação do Hospital Sousa Martins, prestando homenagem a todos os intervenientes que os conseguiram levar a bom porto. Em relação ao primeiro, orçado em mais de 9 milhões de euros, sendo, até 6 milhões, comparticipados pelo FEDER e que prevê 18 projectos a serem realizados no centro histórico da Guarda e nos Bairros da Luz, Nossa Senhora dos Remédios e Bonfim, em que, segundo os responsáveis, todas estas intervenções têm como objectivo primordial fomentar uma maior coesão e competitividade da cidade, começando desde logo por serem projectos geradores de emprego; gostava de referir que, em meu entender, algumas destas intervenções há muito que são inevitáveis e urgentes quaisquer que fossem as circunstâncias de conjuntura económica, pois todos nós, cidadãos da Guarda, observamos há algum tempo que vários edifícios no centro histórico estão em estado tal de degradação que a breve prazo poderiam ruir pondo em risco a vida das pessoas que por ali passam. Penso portanto que estas medidas pecam por tardias mas antes tarde que nunca e por isso ainda bem que foram anunciadas. Em relação ao facto destas intervenções serem geradoras de emprego, elas são sobretudo geradoras de emprego de curto prazo, e portanto seria fundamental que surgissem também notícias que anunciassem a criação de emprego de médio e longo prazo, nomeadamente na área industrial. Como é do conhecimento público, foram feitas as primeiras escrituras para a instalação das primeiras empresas na PLIE; importa porém questionar quantos postos de trabalho elas vão criar e em que condições. Muito importante seria também que surgissem notícias a anunciar a disponibilidade de outras verbas para que a Câmara Municipal cumpra em tempo útil e aceitável os compromissos estabelecidos com diversas instituições e colectividades, evitando assim outras notícias, como por exemplo as declarações do Presidente do “Grupo Desportivo e Recreativo das Lameirinhas”, instituição que distribui 150 refeições diárias a pessoas carenciadas, entre muitas outras actividades sociais, que afirmou ter que fazer uma “ginástica financeira” considerável para manter a instituição em funcionamento pois o Município não paga a tempo e horas os compromissos firmados com a mesma. Em relação à Ampliação e Remodelação do Hospital Sousa Martins, orçado no global em 70 milhões de euros, é de salutar o início da concretização de uma promessa feita em 2001, pois as actuais instalações da instituição não se encontram em condições de oferecer o serviço de qualidade e excelência que se pretende, quer aos profissionais, quer aos utentes. O meu desejo é que, aliado a estrutura física de excelência que vai nascer, se fomente um espírito de pertença, empenho e dedicação de todos, para que assim a motivação dos profissionais e dos utentes atinja níveis que transformem esta nova “fracção” da actual Unidade Local de Saúde num exemplo a nível nacional.

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