quinta-feira, 5 de novembro de 2009

O futuro da nossa economia local…


Todos recebemos, com muita preocupação, a recente notícia que deu conta do despedimento, até Março do próximo ano, de 500 trabalhadores da fábrica DELPHI na Guarda. Pois bem, em meu entender, tal facto irá desencadear um drama social de proporções ainda imprevisíveis. Como podemos responder a esta situação? Da Câmara Municipal chegou a promessa de que iria ser acelerado o processo de instalação de novas empresas na PLIE, mas, esperando sinceramente que este objectivo seja concretizado com êxito, gostaria de perceber como é que tal intenção pode ser levada a bom porto. Do Presidente do Município chegou também aos trabalhadores, a garantia de que todos iriam receber as respectivas indemnizações que têm direito. Mal seria de todos nós, se nem a garantia de que as Leis da Republica Portuguesa sejam cumpridas, tivéssemos! Tenho portanto a firme convicção de que o problema social criado não terá uma resolução fácil, muito menos a curto prazo. Analisando a economia local na sua globalidade, surgem-me várias questões, algumas delas muito complexas e para as quais devemos todos contribuir, porque só assim podemos encontrar boas respostas. A primeira pergunta que se levanta é: como é que o despedimento de cerca de metade dos recursos humanos, numa única fábrica, causa um problema de tais contornos? De momento só me ocorre uma resposta: a franja do nosso tecido empresarial, que engloba as pequenas e médias empresas, representa muito menos do que o que deveria representar. Talvez fosse preferível termos 10 empresas com 100 trabalhadores cada, do que uma única com 1000! De qualquer forma tudo isto não passa de retórica e o que interessa realmente é apresentar propostas e projectos concretos para resolver realmente os problemas e os dramas sociais com que estamos confrontados. Observando a nossa realidade, o que é que nós vemos? Ou melhor, o que é que nós temos? Como é que se pode investir no nosso concelho? Através de investimento público não me parece, de forma alguma, exequível, pois todos temos consciência da situação financeira do nosso Município, e no que diz respeito ao Governo Central, todos sabemos as limitações que a actual crise, e não só, implicam. Penso portanto que um bom contributo para o desenvolvimento sustentado do nosso concelho passará pelo desenvolvimento do nosso turismo, ou seja, fazer da nossa Região e da nossa Serra, uma Marca. Uma marca com valor acrescentado que, aliada aos incentivos que já temos (ex: QREN), se possa vender a investidores privados para que estes concretizem um grande projecto turístico na região que sirva de âncora à criação de outras pequenas e médias empresas. Este projecto, em meu entender, deve ser abrangente, ou seja, deve envolver vários concelhos e várias entidades, nacionais e internacionais. Em ultima análise a minha ideia é desenvolver a oferta que já temos e criar uma nova oferta turística de excelência para a nossa região.

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